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PTERÍGIO

O que é ?

Pterígio é uma doença da conjuntiva, membrana que recobre o branco dos olhos e reveste a pálpebras. Sua principal característica é o crescimento sobre a córnea de um tecido fibromuscular esbranquiçado, com o formato aproximado de um triângulo. A lesão surge no ângulo interno do olho, caminha em direção ao centro e pode comprometer a visão. Se alcançar e cobrir a pupila, a pessoa deixará de enxergar com o olho afetado.

O distúrbio pode ser unilateral ou bilateral, isto é, pode surgir apenas num dos cantos do olho, em geral no que fica próximo à base do nariz, ou pode ocorrer nos dois cantos, o interno e o externo.

A afecção é mais frequente em regiões de clima quente e seco. Nas cidades do Nordeste e do litoral brasileiro, o pterígio é considerado quase endêmico.

Sintomas

Olhos irritados, vermelhos, lacrimejantes, inchaço e sensação de ardência são sintomas associados ao pterígio. As alterações visuais aparecem quando o crescimento desse tecido espesso deforma a córnea ou atinge a pupila.

Pterígios de crescimento lento podem ser assintomáticos. Mesmo assim, não deixam de representar um inconveniente estético para seus portadores.

Tratamento

O tratamento do pterígio deve ser instituído levando em conta a agressividade dos sintomas e o tamanho da lesão. Em alguns casos, o crescimento da membrana carnosa é lento e os sintomas pouco intensos. Quando o quadro tem essas características, a aplicação de colírios anti-inflamatórios e lubrificantes, por períodos curtos e sob orientação médica, pode ser suficiente para controlar o problema.

Há casos, porém, em que a cirurgia representa a única estratégia terapêutica recomendada para eliminar o pterígio, que pode ser responsável por alterações visuais, como astigmatismo e até cegueira.

Nos últimos anos, foram desenvolvidas várias técnicas cirúrgicas bastante seguras e eficientes. A intervenção é realizada sob anestesia local, demora aproximadamente 30 minutos e não requer internação hospitalar.

Depois da cirurgia, a aplicação de colírios ou pomadas oftálmicas à base de antibióticos e anti-inflamatórios deve ser mantida por algumas semanas. Atualmente, o tratamento radioterápico com betaterapia após a cirurgia está sendo desaconselhado.

Infelizmente, apesar da evolução ocorrida no tratamento da doença, o risco de recorrência permanece e atinge entre 15% e 30% das pessoas que já passaram pela cirurgia.

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